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Relatos que Marcaram: Quando a Fé Liberta — e Quando Aprisiona

Eu não falo da Romaria de Padre Cícero como quem vê de fora.

Eu estive lá.

No meio da poeira, do cansaço, das promessas feitas com lágrimas.

No início dos anos 2000, caminhamos entre os romeiros — e até hoje, o que vi ali me dói e me move.


Vi crianças com os pés em carne viva, andando quilômetros sem calçado adequado.

Vi idosos desmaiando de fome e calor, sem acesso a uma sombra ou a um copo d’água.

Vi famílias inteiras andando por dias sem saber exatamente por que — apenas porque “alguém da família prometeu”.


Vi fé... e vi prisão.

Vi gente boa, gente sofrida, sendo usada em nome de uma espiritualidade distorcida.


Lembro de um senhor de quase 90 anos, sentado no chão, tremendo de fraqueza. Quando oferecemos comida, ele recusou.

Disse que o pouco que tinha estava guardado para “oferecer ao santo”, porque “senão a alma do filho dele não descansaria”.

Ele mesmo não descansava há anos.


Levamos água. Levamos comida.

Mas isso não era tudo.

Porque a maior pobreza que vimos ali não era financeira — era espiritual.


Gente escravizada pela culpa.

Mães se culpando pela morte de um filho por não terem cumprido uma promessa.

Homens abandonando suas famílias achando que o sacrifício agradaria a Deus.

Jovens repetindo rituais que nem compreendiam, apenas porque os mais velhos mandavam.

Foi por isso que ficamos.. E começamos a fazer mais do que doar.

Começamos a conversar. A ouvir. A ensinar.

Começamos a trazer luz. Porque onde há engano, a verdade cura.


🌍 E não foi só lá.

Já estivemos com mulheres indígenas que tinham medo de aprender a ler porque diziam que “a mulher que lê pode virar espírito ruim”.

Estivemos com jovens em zonas de guerra que acreditavam que foram amaldiçoados desde o nascimento, porque nasceram em tempos de fome.

Estivemos com homens presos que, por terem sido violentados na infância, acreditavam que nunca mais poderiam ser limpos aos olhos de Deus.


E em todos esses lugares, levamos mais do que mantimentos.

Levamos dignidade.

Levamos escuta.

Levamos verdade.

Levamos um tipo de fé que não prende, mas que liberta.


E é por isso que eu continuo. E que hoje, com sinceridade, peço a você:


Se você já caminha conosco nessa jornada — muito obrigado.

Você faz parte de cada vida que foi tocada, cada consciência que foi despertada, cada lágrima que virou sorriso.



Mas ainda há muito a fazer.


E há muitos lugares onde só a verdade pode trazer cura.


➡️ Por isso, continue sendo um Ajudador.

➡️ Se puder, aumente sua oferta mensal.

➡️ E mais: compartilhe essa causa com pessoas que confiam em você.


Porque onde a fé aprisiona, a verdade pode libertar.

E juntos, podemos continuar levando luz onde só há escuridão.


“Fé não é medo disfarçado. Fé é liberdade com propósito.”


Vamos continuar abrindo caminhos.

Vamos continuar sendo ponte.

Vamos juntos.


"Solidariedade como estilo de vida"


— Everton Lopes

Influenciando pessoas. Gerando vidas.

 
 
 

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