Brumadinho — Quando tudo desmoronou, o amor precisou ser mais forte
- Carla Klaritmar

- 31 de jul.
- 2 min de leitura

Algumas imagens não saem da memória.
As fotos que tirei nos dias seguintes à tragédia de Brumadinho ainda me acompanham como cicatrizes que falam.
Era como andar por um campo de guerra…
Mas sem bombas.
Sem gritos.
Só lama. Silêncio. E olhares vazios.
Famílias que perderam tudo. Vidas soterradas — no corpo e na alma.
Não havia água. Não havia direção.
Mas havia dor. E um clamor que poucos conseguiam escutar.
Foi naquele cenário que eu e minha equipe decidimos ficar.
Levamos água potável quando nem esperança parecia limpa.
Oferecemos apoio emocional — com escuta, com abraço, com presença.
E, mais do que isso: decidimos sustentar a esperança enquanto tudo à volta estava desabando.
Durante o primeiro ano após o desastre, nos envolvemos diretamente na criação e manutenção de um projeto para 70 crianças da região — crianças que perderam não só a escola, mas o chão emocional.
Ali, demos continuidade.
Criamos espaço de cuidado, acolhimento, afeto.
E enquanto o mundo andava… nós permanecemos.
Essa grande obra só foi possível porque não fizemos sozinhos.
O Instituto Elopes, o Refúgio Brasil e a FEPAL (Federação das Entidades Palestinas no Brasil) se uniram. Misturamos forças, fé, compaixão e trabalho.
E provamos que mesmo nos escombros, o amor pode florescer.
Cada sorriso de uma criança era um sinal: a vida está tentando voltar.
Cada gesto de carinho era um tijolo no recomeço.
Porque ajudar vai além de doar coisas.
É doar-se. É estar.
E foi isso que fizemos.
As fotos que tenho de Brumadinho não são para causar pena.
São para lembrar que existe amor que não desaba.
Existe fé que sustenta.
E existe gente — como você — que pode se tornar parte disso.
Hoje, te faço um pedido sincero
Se você já caminha com a gente nessa missão: obrigado. De verdade.
Foi a sua generosidade que nos ajudou a estar onde poucos chegaram.
Mas ainda há muito a ser feito.
E por isso, venho te pedir:
➡️ Continue sendo um Ajudador.
➡️ E se puder, vá além: aumente sua contribuição e compartilhe essa causa com seus amigos, familiares e colegas.
Porque o amor que reconstrói precisa de mãos, corações e vozes.
Vamos juntos onde quase ninguém vai.
E vamos mostrar que a solidariedade pode — sim — ser um estilo de vida.
"Solidariedade como estilo de vida"
Everton Lopes
Influenciando pessoas. Gerando Vidas.





















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